terça-feira, 25 de junho de 2013

As hepatites nas Nações Unidas

As hepatites nas Nações Unidas


Na última terça-feira a rádio das Nações Unidas -Rádio ONU- deu destaque a duas importantes ações que estão sendo desenvolvidas na hepatite C, epidemia que assola o mundo, já tendo infectado 170 milhões de pessoas.

Três ONGs brasileiras foram entrevistadas para contar as ações que a sociedade civil está realizando, dando destaque para o projeto "Bola começa com B e Campeonato começa com C" que está testando os operários que estão construindo os 12 estádios da Copa do Mundo 2014 e, também, ao lançamento do "World Hepatitis Fund" - Fundo Mundial da hepatite-.

Na testagem dos operários já foram feitos 17 mil testes com uma prevalência de 1,35%, 230 pessoas não sabiam que tinham a hepatite C. A detecção tardia é o que causa muitos óbitos, morrem mais pessoas por culpa da hepatite C que pela AIDS, no Brasil e no mundo.

Também foi anunciado por Humberto Silva o lançamento oficial do "Fundo Mundial da Hepatite", cerimônia que aconteceu a noite em New York com representantes do Brasil, Estados Unidos, Egito, Índia, Paquistão, Reino Unido, Ruanda e México. O fundo não objetiva ser mais uma ONG para se autodenominar líder ou representante das estimadas 2.000 ONGs que lutam pelas hepatites no mundo, pelo contrario, o "World Hepatitis Fund", com sede em New York, captará recursos para ajudar as ONGs e associações de pacientes na realização de campanhas de divulgação e de testagem. Os recursos captados e sua aplicação serão controlados pela maior empresa de auditoria do mundo, a Price Waterhouse Coopers.

Participaram da entrevistana Rádio ONU, Francisco Martucci, presidente da ONG "C Tem Que Saber C Tem Que Curar", Carlos Varaldo, presidente do "Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite" e Humberto Silva, presidente da "Associação Brasileira dos Portadores de Hepatites".

É longo o caminho, será uma batalha difícil lutando em muitos casos contra governos que estão escondendo a hepatite C a colocando debaixo do cobertor da AIDS. Não pode se admitir que por falta de diagnostico menos de 10% dos infectados saibam da sua condição de saúde. Deveria ser considerado crime esconder da população que se não diagnosticados, 1 de cada 4 infectados com hepatite C vai desenvolver cirrose, câncer de fígado e morrera com aproximadamente 57 anos de idade.

A exceção é Estados Unidos que consciente do custo social e econômico que a progressão da doença ocasiona está realizando uma ampla campanha com a qual pretende encontrar entre 600.000 e 8000.000 infectados. La maioria dos países está cometendo um genocídio com sua população ao não ter a coragem política de enfrentar a hepatite C.

A entrevista na Rádio ONU se encontra em http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2013/06/ongs-querem-maior-divulgacao-sobre-prevencao-e-cuidados-da-hepatite-c/

Carlos Varaldo

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