quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Quanto custa tratar ou (des)tratar a hepatite C?

Quanto custa tratar ou (des)tratar a hepatite C?

Nos últimos 12 anos cansei de ouvir que é financeiramente impossível a realização de uma grande campanha de detecção da hepatite C devido ao elevado custo do tratamento. Nunca considerei isso como uma resposta digna a nossa luta já que estamos tratando da maior epidemia que assola o país, atingindo aproximadamente 3,5 milhões de brasileiros. Considero que simplesmente o governo tenta empurrar o problema com a barriga, para que exploda após a próxima eleição, quando então a frente do ministério existirá outro partido político.

A progressão natural da doença é medida pelo dano que ocasiona ao fígado. São cinco estágios, o primeiro é um fígado normal, sem nenhum dano ou inflamação, um estágio para o qual não é recomendado tratamento já que o vírus da hepatite C consegue conviver amigavelmente em alguns indivíduos, mas quando a destruição do fígado atinge um nível moderado os consensos internacionais, e o brasileiro também, indicam que é necessário o tratamento para evitar que o indivíduo evolua para a cirrose ou o câncer de fígado. Neste ponto da progressão da doença se encontram atualmente aproximadamente a metade dos infectados.

O tratamento atual da hepatite C é realizado com combinação de 2 medicamentos, o interferon peguilado e a ribavirina, durante um período de seis ou doze meses, conforme o subtipo de vírus presente. No total, setenta e cinco por cento dos infectados necessitarão de 12 meses de tratamento, ao custo, se realizado de forma particular de setenta mil reais. O tratamento no SUS é muito mais barato para o governo, ficando em aproximadamente dezoito mil e setecentos reais.

Realmente, se o ministério da saúde tivesse que tratar o milhão e meio que hoje, se diagnosticados, necessitam de tratamento, deveria dispor de vinte e oito bilhões de reais, um valor absurdo, impossível de se colocar numa mesa de discussão. Mas convenhamos que não todos serão diagnosticados de uma só vez, levando anos e anos tal tarefa, por tanto, o gasto fica diluído com o correr dos anos.

Continuar com a política do avestruz, simplesmente ignorando o problema, não alertando a população parece ser a melhor política de alguns gestores da saúde, sempre escudados atrás da falta de semelhante verba. Mas será que realmente estão conseguindo alguma economia?

A progressão natural de doença mostra que 1 de cada 4 infectados chegará a desenvolver cirrose ou câncer de fígado numa idade entre 50 e 65 anos. Estamos então falando que até oitocentos mil brasileiros poderão estar em risco de vida nos próximos 10 ou 15 anos se não forem diagnosticados e tratados. Pior ainda, a idade media dos que morrem por culpa da hepatite C é de 57 anos, uma perda de 17 anos na expectativa de vida. Uma perda de 13.600.000 anos/vida na população brasileira.

Quanto representa isso na perda de capacidade produtiva, do não recolhimento de impostos devido à morte prematura e quantas pensões a união deverá pagar a quem perdeu seu parceiro? O calculo é impossível de ser feito, a maioria das maquinas de calcular não possuem dígitos suficientes.

Vamos então deixar de lado o custo social e calcular o custo para o SUS desses oitocentos mil casos de cirrose e câncer de fígado. Para não ser criticado estarei utilizando custos do próprio governo, encontrados facilmente no site do ministério da saúde a través do Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos do Sistema Público de Saúde – SUS, conhecida como SIGTAP/DATASUS.

A despesa anual que ocasiona ao SUS um infectado com hepatite C é de R$. 470,00 na fase da fibrose (pode durar 20 anos) e de R$. 346,00 na fase da cirrose, a qual pode durar cinco anos (sem considerar internações pelas descompensações da doença) . Ao aparecer o câncer no fígado o custo anual sobre para R$. 10.824,00 no primeiro ano e se controlado será de R$. 4.400,00 a cada ano subsequente. A próxima fase será o transplante de fígado, o qual custa R$. 68.803,00 no primeiro ano, seguido de um custo de manutenção de R$. 9.517,00 a cada ano de sobrevida.

O custo total por paciente não tratado que acabara transplantado durante aproximadamente trinta anos de atendimento médico e cuidados, chega aos R$ 203.180,00, dinheiro que somente será economizado se para sorte do sistema o paciente morre aos 56 anos de idade. Se os oitocentos mil chegam a precisar um transplante o sistema vai gastar 162 bilhões de reais, oito vezes mais que o gastaria tratando quem precisa.

Com o tratamento atual aproximadamente 55% conseguem a cura, evitando a progressão da doença para a cirrose e o câncer, os quais não precisaram de realizar um transplante.

Existem ainda boas notícias no horizonte com a chegada de novos medicamentos, já em registro no Brasil, que elevam a possibilidade de cura para oitenta por cento dos pacientes. Melhor ainda para os que não responderam a o tratamento atual, pois passam a ter verdadeira possibilidade de cura com um retratamento e incrivelmente a um custo por paciente curado menor que o retratamento com os medicamentos atualmente no SUS.

Gosto de números, em especial quando oficiais para que não sejam criticados ou desmerecidos, pois pela frieza deles dá para saber que é possível se cuidar dos infectados com hepatite C se realmente existir vontade politica de enfrentar o problema na atual gestão, sem querer passar a bola ou melhor dito a bomba, para quem ganhar a próxima eleição.

A nossa presidente Dilma sabe muito bem que tratar uma doença é importante para continuar em atividade produtiva. Não fosse o seu tratamento do câncer não estaria viva para poder realizar a importante faxina na corrupção, a qual custa para o governo e o povo brasileiro muito mais caro que qualquer tratamento no SUS.

Carlos Varaldo.

Quanto custa tratar ou (des)tratar a hepatite C?

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Interferon peguilado PEGASYS autorizado para o tratamento em crianças

Interferon peguilado PEGASYS autorizado para o tratamento em crianças


Em 22 de agosto de 2011 o FDA - Food and Drug Administration - aprovou a combinação do interferon peguilado PEGASYS e Copegus (ribavirina) para o tratamento da hepatite C em pacientes pediátricos com idade entre 5 e 17 anos. Os pacientes deverão ter doença hepática compensada e nunca terem recebido qualquer tratamento antiviral.

A aprovação é decorrente do ensaio clínico NV17424 realizado pela ROCHE, onde os pacientes pediátricos foram tratados com uma dosagem de Pegasys calculada em função da superfície corporal das crianças, um cálculo que os hepatologistas e infectologistas não estão acostumados a fazer. Os médicos pediatras seriam os ideais para auxiliar no cálculo da dosagem, já que eles utilizam muito o cálculo de BSA (Body Surface Area) ou área de superfície corporal (ASC), em português, para indicar a quantidade dos medicamentos nas crianças.

Existem calculadoras disponíveis na internet, o que evita na maioria dos casos um cálculo errado na indicação da dosagem. No Sitehttp://www.pediatriconcall.com/fordoctor/pedcalc/body_surface_area.aspx pode ser encontrada uma fácil formula para realizar o calculo em crianças, indicando somente a altura (Height) em centímetros e o peso (Weight) em Kg, pode se conhecer qual a superfície de pele de uma criança.

O valor indicado pela calculadora deverá então ser multiplicado por 180 e o resultado dividido por 1,73. ATENÇÃO: a apresentação de Pegasys tomada como referência para o estudo foi a de 180mcg, mas em vários países existem apresentações com outras dosagens, o que muda o volume de droga a ser administrado em função da apresentação utilizada.

EXEMPLO:

Uma criança com 110 centímetros e 30 kg. Utilizando a calculadora o resultado será 0,921. Multiplicando por 180 e o dividindo o resultado por 1,73 chegaremos a um valor de 95,8mcg a serem administrados como dosagem ideal. Cabe então calcular, que se a seringa de 0,5 ml completa contém 180mcg, 95,8mcg correspondem a utilizar somente 53% do conteúdo, representado por 0,26 ml. Para cada criança deve ser realizado o cálculo, inclusive se durante o tratamento o peso sofrer alterações.

As doses de ribavirina devem ser calculadas da mesma forma que nos adultos, isto é, uma dose de aproximadamente 15 mg/kg/dia, dividida em duas doses.

O ensaio clínico NV17424 incluiu 114 pacientes não tratados previamente com idade entre 5 e 17 anos.

A resposta sustentada (cura da hepatite C) no total do grupo foi de 53% dos pacientes pediátricos que receberam tratamento com Pegasys e ribavirina. Nos infectados com o genótipo 1 a cura foi de 47% e nos genótipos 2 e 3 a cura atingiu 80%.

A segurança e os efeitos colaterais observados nos pacientes pediátricos foram similares aos que acontecem nos pacientes adultos.

O tratamento de pacientes pediátricos infectados com hepatite C deve ser realizado exclusivamente por profissionais altamente experientes.

OBSERVAÇÃO:

Este texto foi escrito com informações da Hoffmann-La Roche e interpretações pessoais da minha parte, tentando uma melhor interpretação por parte dos infectados ou seus responsáveis, já que se trata de crianças, servindo exclusivamente como um guia para conhecer como deve funcionar o tratamento e quais os cuidados que devem ser tomados para o tratamento.

A parte relativa a cálculo da área de superfície corporal não se encontra no texto original, servindo como simples orientação, sem responsabilidade da minha parte em relação a erros na dosagem obtida por quem realizar o calculo. Pessoalmente, por motivos de segurança, ao se tratar crianças, recomendo que todo e qualquer médico que atenda pacientes pediátricos consulte o departamento médico da ROCHE antes de receitar tratamento.

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Release de Hoffmann-La Roche


Carlos Varaldo

Passadas duas semanas continuamos sem resposta do Departamento DST/AIDS/Hepatites do Ministério da Saúde

No último dia 15 enviamos ofício ao Departamento DST/AIDS/Hepatites solicitando esclarecimentos sobre a PROPOSTA DO PLOA 2012 (orçamento para 2012) apresentada no CNS.

Achamos estranho que as promessas feitas pelo ministro da saúde Dr. Alexandre Padilha e pelo Diretor da SVS, Dr. Jarbas Barbosa em relação a que a partir de janeiro de 2012 os medicamentos das hepatites sairiam da lista de medicamentos especializados e entrariam na lista de medicamentos estratégicos não foram incluidas, já que na proposta do orçamento para 2012 não existe previsão orçamentaria para tal.

Passados 15 dias nada foi explicado ou respondido. Geralmente ao final de agosto, nesta semana, o orçamento da saúde é encaminhado ao Congresso. Se a verba nos medicamentos estratégicos não for alterada, incluindo a previsão orçamentaria, será um evidente sinal que a promessa realizada pelas duas mais altas autoridades da saúde não será cumprida.

Ficarão mais uma vez as hepatites ignoradas continuando a viver de promessas vazias?

Ou será que o ministro e o secretário da SVS tomarão alguma providencia para que a palavra deles seja respeitada pelos seus subordinados ?

terça-feira, 23 de agosto de 2011

NOVA DROGA CONTRA HEPATITE C BOCEPREVIR (VICTRELIS)

ANVISA APROVA VENDA DE BOCEPREVIR (VICTRELIS)
A Anvisa aprovou dia 25 de julho a comercialização do antiviral boceprevir, do laboratório MSD (Merck Sharp & Dohme), para tratamento da hepatite C. O medicamento deve ser usado em terapia tripla, ou seja, em combinação com o tratamento disponível hoje, que usa as drogas peginterferon e ribavirina. O novo medicamento impede a replicação do vírus causador da doença. É indicado para portadores do genótipo 1 do HCV que nunca foram tratados e para os que não tiveram sucesso com o tratamento atual. O antiviral aumenta em duas a três vezes as chances de cura destes grupos, respectivamente. Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, diz que \"o remédio chega em um momento oportuno, mas ainda não será definitivo.\" \"O remédio precisa ser usado três vezes por dia, o que totaliza quase 20 comprimidos contando os outros remédios. O paciente precisa ser bem educado e motivado.\" Paraná lembra que a droga pode potencializar os efeitos colaterais do peginterferon e da ribavirina, como anemia e distúrbios gastrointestinal. \"Sozinho, ele já provoca mudança no paladar.\" Segundo o laboratório MSD, a droga deve estar à venda em três meses, mas ainda não há data oficial. VICTRELIS™ (boceprevir), MSD. é um inibidor da HCV NS3 protease. VICTRELIS™ se liga de forma covalente, embora reversível, ao sítio ativo serina da NS3 protease (Ser139) através de um grupo funcional (alfa)-cetoamida para inibir a replicação viral em células hospedeiras infectadas pelo HCV. INDICAÇÕES: é indicado para tratamento de infecção crônica por hepatite C (HCV) genótipo 1, em combinação com alfapeginterferona e ribavirina, em pacientes adultos (18 anos ou mais) com doença hepática compensada previamente não-tratada ou que não tenham respondido ao tratamento anterior. CONTRAINDICAÇÕES: VICTRELIS™, em combinação com alfapeginterferona e ribavirina, é contraindicado para (1) pacientes com hipersensibilidade significativa clinicamente demonstrada anteriormente ao princípio ativo ou a qualquer um de seus excipientes; (2) pacientes com hepatite auto-imune; (3) pacientes com função hepática não-compensada [escore Child-Pugh >6 (classes B e C)]; (4) a coadministração com medicamentos com depuração altamente dependentes da CYP3A4/5 e para os quais concentrações plasmáticas elevadas estão associadas a eventos graves e/ou potencialmente fatais, como midazolam, pimozida, amiodarona, flecainida, propafenona, quinidina e derivados do ergot (diidroergotamina, ergonovina, ergotamina, metilergonovina) administrados por via oral; (5) gestantes. PRECAUÇÕES/ADVERTÊNCIAS: Anemia tem sido relatada com a terapia com alfapeginterferona e ribavirina. A adição de VICTRELIS™ à alfapeginterferona e à ribavirina está associada à redução adicional das concentrações séricas de hemoglobina. Deve-se obter hemograma completo pré-tratamento, na 4ª Semana de Tratamento, na 8ª Semana de Tratamento e subsequentemente, conforme clinicamente apropriado. Se a hemoglobina sérica for <10 g/dL, pode ser considerada uma redução da dose ou interrupção da ribavirina e/ou administração de eritropoietina (epoetina alfa); Deve-se ter cautela com pacientes que estejam usando medicamentos que contenham drospirenona com condições que os predisponham à hipercalemia ou pacientes que estejam usando diuréticos poupadores de potássio; Com base nos resultados dos estudos clínicos, VICTRELIS™ não deve ser utilizado isoladamente devido à alta probabilidade de resistência sem a combinação com terapias anti-HCV; Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase Lapp ou má absorção de glicose-galactose não devem usar este medicamento; Não foi realizado nenhum estudo sobre os efeitos de VICTRELIS™ em combinação com alfapeginterferona e ribavirina sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas. No entanto, certas reações adversas relatadas possam afetar a capacidade de alguns pacientes de dirigir ou operar máquinas. A resposta individual a VICTRELIS™ em combinação com alfapeginterferona e ribavirina pode variar. Os pacientes devem ser informados de que houve relatos de fadiga e tontura; Não estão disponíveis dados em humanos sobre o efeito de VICTRELIS™ sobre a fertilidade. Os dados farmacodinâmicos/toxicológicos em animais demonstraram efeitos de VICTRELIS™ sobre a fertilidade, os quais foram reversíveis; Gravidez Categoria (C): Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista; Não há nenhum estudo adequadamente controlado com VICTRELIS™ em mulheres grávidas. As mulheres em idade fértil devem ser tratadas apenas se estiverem utilizando métodos anticonceptivos eficazes durante o período de tratamento. Não foi observado nenhum efeito sobre o desenvolvimento fetal em ratos e VICTRELIS™, em combinação com ribavirina e alfapeginterferona, é contraindicado para mulheres grávidas; Os dados farmacodinâmicos/toxicológicos em ratos disponíveis mostraram excreção de boceprevir/material contendo boceprevir no leite. Não se pode descartar um risco a recém-nascidos/bebês. Deve-se decidir entre descontinuar/abster-se da terapia com VICTRELIS™, levando-se em consideração o benefício da amamentação para a criança e o benefício da terapia para a mãe. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: VICTRELIS™ é um forte inibidor da CYP3A4/5. Medicamentos metabolizados principalmente pela CYP3A4/5 podem ter a exposição aumentada quando administrados com VICTRELIS™, os quais poderiam aumentar ou prolongar seus efeitos terapêuticos e eventos adversos (veja Tabela 6). VICTRELIS™ não inibe a CYP1A2, CYP2A6, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 ou CYP2E1 in vitro. Além disso, VICTRELIS™ não induz a CYP1A2, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19 ou CYP3A4/5 in vitro. VICTRELIS™ é parcialmente metabolizado pela CYP3A4/5. A coadministração de VICTRELIS™ com medicamentos que induzem ou inibem a CYP3A4/5 poderia aumentar ou diminuir a exposição ao VICTRELIS™. VICTRELIS™, em combinação com alfapeginterferona e ribavirina, é contraindicado quando coadministrado com medicamentos com depuração altamente dependentes da CYP3A4/5 e para os quais concentrações plasmáticas elevadas estão associadas a eventos graves e/ou potencialmente fatais, como os medicamentos administrados por via oral midazolam, amiodarona, astemizol, bepridil, flecainida, pimozida, propafenona, quinidina e derivados do ergot (di-hidroergotamina, ergonovina, ergotamina e metilergonovina) REAÇÕES ADVERSAS: As reações adversas mais frequentemente relatadas e consideradas como relacionadas à combinação de VICTRELIS™ com alfapeginterferona 2b e ribavirina em indivíduos adultos nos estudos clínicos foram: fadiga, anemia , náuseas, cefaleia e disgeusia. Durante o período de introdução de quatro semanas com alfapeginterferona 2b e ribavirina (Lead-In), 28/1.263 indivíduos dos braços de tratamento com VICTRELIS™ apresentaram reações adversas que levaram à descontinuação do tratamento. Durante todo o curso de tratamento, a proporção de indivíduos que descontinuaram o tratamento em razão de reações adversas foi de 13% para indivíduos que receberam a combinação de VICTRELIS™ com alfapeginterferona 2b e ribavirina e 12% para indivíduos que receberam alfapeginterferona 2b e ribavirina isoladamente. Os eventos que resultaram em descontinuação foram similares aos observados nos estudo anteriores com alfapeginterferona 2b e ribavirina. Apenas anemia e fadiga foram relatadas como eventos que levaram à descontinuação em > 1% dos indivíduos de qualquer braço de tratamento. As reações adversas que levaram a modificações de dose de qualquer medicamento ocorreram em 39% dos indivíduos que receberam a combinação de VICTRELIS™ com alfapeginterferona 2b e ribavirina em comparação com 24% dos indivíduos que receberam alfapeginterferona 2b e ribavirina isoladamente. O motivo mais comum para redução da dose foi anemia, a qual ocorreu mais frequentemente em indivíduos que receberam a combinação de VICTRELIS™ com alfapeginterferona 2b e ribavirina do que em indivíduos que receberam alfapeginterferona 2b e ribavirina isoladamente. Em relação a anemia, esta foi observada em 49% dos indivíduos tratados com a combinação de VICTRELIS™ com alfapeginterferona 2b e ribavirina em comparação com 29% dos indivíduos tratados com alfapeginterferona 2b e ribavirina isoladamente. VICTRELIS™ foi associado à redução adicional de aproximadamente 1 g/dL na concentração de hemoglobina. As reduções médias nos valores de hemoglobina em relação ao período basal foram maiores em pacientes previamente tratados em comparação com pacientes que nunca haviam recebido terapia anterior. Modificações de dose por anemia/anemia hemolítica ocorreram com frequência duas vezes maior em pacientes tratados com a combinação de VICTRELIS™ com alfapeginterferona 2b e ribavirina (26%) em comparação com alfapeginterferona 2b e ribavirina isoladamente (13%). Nesses estudos clínicos, o tratamento adequado da anemia foi associado à continuidade de tratamento e à mais alta resposta virológica sustentada, com a maioria dos indivíduos anêmicos tendo recebido eritropoietina. A proporção de indivíduos que receberam transfusão para controle da anemia foi de 3% dos indivíduos dos braços de tratamento com VICTRELIS™ em comparação com < 1% dos indivíduos que receberam alfapeginterferona 2b e ribavirina isoladamente. Em relação aos neutrófilos e plaquetas, a proporção de indivíduos com redução das contagens destes foi maior nos braços de tratamento VICTRELIS™ em comparação com indivíduos que receberam apenas alfapeginterferona 2b e ribavirina. Sete por cento dos indivíduos que receberam a combinação de VICTRELIS™ com alfapeginterferona 2b e ribavirina apresentaram contagens de neutrófilos < 0,5 x 109 /L em comparação com 4% dos indivíduos que receberam apenas alfapeginterferona 2b e ribavirina. Três por cento dos indivíduos que receberam a combinação de VICTRELIS™ com alfapeginterferona 2b e ribavirina apresentaram contagens de plaquetas < 50 x 109 /L em comparação com 1% dos indivíduos que receberam apenas alfapeginterferona 2b e ribavirina. POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO: VICTRELIS™ por via oral na dose de 800 mg, 3 vezes ao dia, usado junto com alimentos. Deve ser administrado em combinação com alfapeginterferona e ribavirina. Pacientes não tratados anteriormente: Iniciar a terapia com alfapeginterferona e ribavirina por 4 semanas (1ª a 4ª semana de tratamento); Adicionar VICTRELIS™ 800 mg VO três vezes ao dia ao esquema com alfapeginterferona e ribavirina na 5ª Semana de Tratamento (ST), determinando a duração do tratamento da seguinte forma: AVALIAÇÃO (Resultados de HCV-RNA*) AÇÃO Na 8ª Semana de Tratamento Na 24ª Semana de Tratamento Indetectável Indetectável Complete o esquema de três medicamentos na 28ª Semana de Tratamento. Detectável Indetectável 1. Continue todos os três medicamentos até a 28ª Semana de Tratamento; e então 2. Administre alfapeginterferona e ribavirina até a 48ª Semana de Tratamento. Qualquer Resultado Detectável Descontinue o esquema de três medicamentos. Pacientes Que Não Responderam à Terapia Anterior Iniciar a terapia com alfapeginterferona e ribavirina por 4 semanas (1ª a 4ª semana de tratamento); Adicionar VICTRELIS™ 800 mg VO três vezes ao dia ao esquema com alfapeginterferona e ribavirina na 5ª Semana de Tratamento (ST), determinando a duração do tratamento da seguinte forma: AVALIAÇÃO (Resultados de HCV-RNA*) AÇÃO Na 8ª Semana de Tratamento Na 12ª Semana de Tratamento Indetectável Indetectável Continue o esquema de três medicamentos até completar a 36ª Semana de Tratamento. Detectável Indetectável 1. Continue todos os três medicamentos até a 36ª Semana de Tratamento; e então 2. Administre alfapeginterferona e ribavirina até a 48ª Semana de Tratamento. Qualquer Resultado Detectável Descontinue o esquema de três medicamentos. Venda sob prescrição médica. Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas procure orientação médica. Uso sob prescrição médica. REGISTRO MS: 1.0029.0182.001-8. Nota: antes de prescrever VICTRELIS™, recomendamos a leitura da Circular aos Médicos (bula) completa para informações detalhadas sobre o produto. Registrado e importado por: Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda. Rua 13 de Maio, 815 - Sousas, Campinas/SP - Brasil. CNPJ: 45.987.013/0001-34

Na nova série do Fantástico tudo sobre Hepatite C & B

Na nova série do "Fantástico", ele discute por que as hepatites não comovem tanto quanto a aids

Existe um vírus que é cem vezes mais contagioso que o HIV, mas tem um poder de comoção infinitamente menor. É o vírus da hepatite B. Segundo as estimativas mais conservadoras, 1,5 milhão de brasileiros convive com ele. A maioria sequer desconfia. Só o descobre quando o fígado está destruído. Outras formas de hepatite (provocadas pelos vírus A, C e D) também causam enorme sofrimento. Por que não merecem a mesma atenção dedicada à aids?